(28/04/1971 — 31/01/1999)
28 anos
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Débora, minha irmã.
É uma sensação indefinível que estou sentindo neste momento, e me faz voltar aos tempos de criança, de nossas brincadeiras em família, juntos à nossa Carina e outros da família.
Nos momentos cruciais de nossas vidas é que podemos sentir que Deus nos permite tanta alegria, e nos prendemos somente às algemas que nos atormentam, e que foram elas prisão dos nossos desejos.
Mamãe Lúcia, meu anjo, é seu filho escrevendo, esperando que eu esteja respondendo àquilo que você me pede para tranqüilizar seu querido coração, dizendo que estou forte, forte para enfrentar esta situação e tentar ainda conseguir forças para ajudar aqueles que amo.
Ficaram em mim as cicatrizes de todos os ferimentos provocados pelos danos do desprezo, do medo, às vezes me deixando sem o abraço que eu esperava.
Hoje sei compreender a cada um, procurando entender que ninguém pode oferecer aquilo que não tem.
Venci mãe!
Desejo que você e o papai Pitágoras entendam que venci o medo, o ódio que me distanciava daqueles em que acreditei que me amassem.
Venci o preconceito, entendendo o que é o preconceito…
Estou assim vivenciando o que sei me é necessário, e tenho comigo a fé que não me deixa sem forças para procurar em Deus as forças de que necessito. Tenho trabalhado meu ser, e sei me compreender dentro das minhas deficiências. Espero que a Paula compreenda que de minha parte nunca desejei entregar à querida esposa qualquer tipo de malefício, e que ela saiba o quanto tenho rogado a Deus para que ela seja uma vencedora juntos aos nossos queridos Giovani e Caio.
Confirma o coração de mãe, e sei que nossa Paula tudo fará em benefício dos nossos filhos.
Débora, não penso que estivemos distantes do outro. O amor não separa, portanto, sempre estivemos juntos da maneira que também nos encontramos juntos neste momento.
Estão lindas a Miwa e a Miki. É uma honra ter como sobrinhas dois anjos lindos.
Mãe, por certo Deus nos permitirá, um dia, outro encontro como este através de outra carta. Confie e fique tranqüila quanto a mim.
Não sei de que maneira o papai Pitágoras receberá esta carta, mas o mais importante é que eu e meu pai nos amamos.
Beijão Débora, beijo também na Carina.
Mãe, me abençoe.
Peter Alexander Leão Mello.
Mensagem recebida pelo médium Celso de Almeida Afonso, na noite do dia 05/03/2004, em reunião pública, no Centro Espírita “Aurélio Agostinho”, à Av. Lucas Borges, 61, em Uberaba – MG.
Esclarecimentos:
- Lúcia – Mãe;
- Pitágoras – Pai;
- Débora – Irmã;
- Carina – Irmã;
- Paula – Esposa;
- Giovani – Filho;
- Caio – Filho;
- Miwa – Sobrinha (filha da irmã Débora);
- Miki – Sobrinha (filha da irmã Débora).
Depoimento da Irmã Débora:
Meu irmão era um rapaz forte, casado, tinha dois filhos: o Giovani e o Caio. Meu irmão era portador do vírus HIV, mas não se cuidou, e dai aconteceu o inevitável. Foi um susto para todos nós. Meus pais não se conformavam. Eu moro no Japão há vários anos, e me sentia mal sempre que lembrava, e não pude estar perto quando ele desencarnou, mas daí fui ao Centro e consegui receber a mensagem tão esperada. Eu não era espírita, mas passei a ser depois de receber a linda mensagem do meu querido irmão, aliás, sempre tive vontade de seguir a doutrina espírita, mas meus pais não admitem, ou seja, até hoje eles não acreditam. Só eu mesma para tentar receber as comunicações.