(09/10/1990 — 09/04/2009)
18 anos
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Mãe, pai, não é fácil escrever, coordenar as palavras em um movimento assim. Não, não sei se choro ou sorrio, tal minha alegria quando meu bisavô Antonio me pediu vestir minha melhor roupa para estar presente neste ambiente de paz. Eu já iniciei as minhas preocupações, mas vou. O que dizer a mamãe Gisleine? E o que dizer ao papai Sergio? – Meu bisneto, seu coração vai inspirá-lo através do amor que você dedica a seus pais.
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Aqui estou enfrentando esta barra, mas quero ser um atleta neste momento para enfrentar qualquer peso, qualquer barreira, pois sei bem com que ansiedade vocês esperavam que acontecesse um momento como este.
Mãe, procure tirar de sua lembrança o dia em que marcou uma chegada difícil em nossas vidas. É preciso recordar mais dos nossos momentos de alegria, de festa.
Estávamos os dois naquele veículo. O destino? Nosso trabalho. Uma batida com outro veículo, àquela rodada do nosso, a parada, uma mãe abraçada em prantos do filho silencioso. Não vi nada, nada assisti de seu desespero, pois a providência Divina me tirou de imediato daquela situação.
E após o encontro com meu bisavô Antônio, é que fui recebendo esclarecimento quanto a situação vivenciada pela mãe que amo, que rogo a Deus protegê-la, para que ela não encontre com a desilusão de viver.
Aceita. Seu filho está aqui, necessitando do seu amor, da sua certeza de que você pode continuar me passando suas bênçãos, seu carinho, seus abraços e beijos. Desejo que você encontre no Sérgio Antonio a mim mesmo, abraçando meu irmão com a certeza que reparto com ele o seu abraço.
Estou ansioso para que cheguem em Indianópolis com esta carta, porque penso que muitos me encontrarão através dela. A vovó Avelina, minha Avelina, vovó Itamira, minha Itamira, vovô Alcides, vovô Armando, e todos da família, meus amigos.
Penso, neste momento, que até os que pouco simpatizavam comigo, agradeço a todos. Agradeço as orações, as lembranças de carinho, e que aceitem minha vida no lugar que estou, pois me sentirei infeliz com aquele que me promover a morte.
Vivo! E quero agradecer, aprender a amar a todos, e certifico que minha confiança em Deus persiste.
Mamãe Gisleine, papai Sérgio, assim que me for possível volto a escrever-lhes.
Confiem neste amor, neste meu amor por vocês.
O bisavô Antonio abraça a todos.
Meu carinho e meu pedido de confiança.
Do filho,
Luis Antonio Pazini.
Mensagem recebida pelo médium Celso de Almeida Afonso, na noite do dia 13/11/2009, em reunião pública, no Centro Espírita “Aurélio Agostinho”, à Av. Lucas Borges, 61, em Uberaba – MG.
Esclarecimentos:
- Gisleine e Sérgio – Pais;
- Sérgio Antonio – Irmão;
- Avelina – Avó materna;
- Itamira – Avó paterna;
- Alcides – Avô materno;
- Armando – Avô paterno;
- Antônio – Bisavô materno, (desencarnado).
Mensagem da Família:
Apesar da saudade pela tua ausência ser ainda constante em nossas vidas, agradecemos a Deus os dezenove anos de convivência. Você continuará sendo aquele rapaz com rostinho de menino, lindo, humilde, inteligente, cheio de graça e charme, que a todos cativava. Aceitamos com resignação e acreditamos com fé no despertar do amanhã, que nos trará a surpresa do reencontro. Te amamos sempre!
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