1º Psicografia – Fábio Barbosa Lima

(09/09/1979 — 07/06/2004)

24 anos

Mamãe Cleonice, querida mamãe Nice.

Papai Fernando, meu amigo.

Espero que o que estou fazendo, possa entregar a vocês uma gota que seja capaz de amenizar-lhes a intranqüilidade e as preocupações que sei compreender, sem, porém, que seja do meu desejo encontrá-los assim.

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Mãe, nos lembramos de nossa festa durante o nosso último almoço, parecíamos crianças, tantas eram nossas brincadeiras, e não podíamos pensar em nada que nos desagradasse naquele momento. Saí para o trabalho e entregaram a você um corpo em silêncio, um filho sem palavras, sem gestos, um filho inerte.

Mas pergunto: – Não valeu os quase vinte e cinco anos juntos? Não foi maravilhoso o nosso encontro na condição de mãe e filho neste clima de amor que permanece para sempre?

Não quero ficar falando quanto ao acidente, desejo tranqüilizá-los para que estejam apagando de vocês a idéia de tanto sofrimento que eu possa ter passado por ele. Me lembro de quando acordei deste lado. Um jovem, acomodado em uma cadeira à beira do leito que me recebia disse-me: – Confia Fabio, está tudo bem. Estarei sempre ao seu lado. E você, logo, logo encontrará vários amigos; a vida prossegue.

Mãe e Pai, sem estar certo do que estava acontecendo comigo naquele momento, senti um vazio, como alguém que inicia uma viagem deixando para trás aqueles que sabemos desejam saber em que lugar estamos, se estamos seguros, e sem que pudesse ter a minha disposição um celular ou qualquer telefone, ou mesmo alguém que fosse capaz de informar aos meus que tudo estava bem. Chorei naquele momento sem saber porque, embora a desconfiança se fazia em mim.

Não demorou para que um médico chegasse pedindo licença ao jovem que me recebia com aquela gentileza, e palavras revestidas de tanta paz. O jovem me deu um até breve, e o médico me mostrando que trazia com ele a coragem que me queria passar, disse-me: – Fábio, o jovem que acabou de sair é o seu bisavô João. Fiquei surpreso com a afirmativa.

E me veio a desconfiança de que havia mesmo deixado o corpo após o acidente. Não era sonho. Mas o que me era possível saber? Quem responderia as indagações que iniciavam?

Mãe e Pai, é muito o que desejo dizer, mas devo ficar com meu recado, e desejo que ele traga algo capaz de amenizar a dor da saudade.

Mãe, a saudade também me pertence. Às vezes me lembro sorrindo de seus gritos me chamando a atenção e a atenção de minha irmã Carina…, e eu, às vezes, brincava respondendo: – Calma dona Nice! Você me ama, porquê tanto barulho? São momentos lindos que não esqueço, sem contar as nossas brincadeiras na praia e tantas festas que juntos participamos…, mas o que foi bom continua sendo.

Papai Fernando, penso que serão muitos lá em Ribeirão Pires que desejarão ler esta carta. Ficarei feliz se me encontrarem através do que escrevo e continuarei nossos assuntos, pois tenho muito a dizer. Mãe, a vovó Romilda se encontra bem, e sempre junto ao vovô Benedito.

Beijos, beijos Pai.

Meu carinho de irmão para a Carina e meu carinho de tio para a Bruna (Sabrina).

Até breve. Sei que Deus nos permitirá outro encontro como este.

Fiquem tranqüilos porque me encontro bem.

Beijos.

Fábio Barbosa Lima.

 

MENSAGEM PSICOGRAFADA PELO MÉDIUM CELSO DE ALMEIDA AFONSO, EM REUNIÃO PÚBLICA, NA NOITE DO DIA 05/03/2007, NO CENTRO ESPÍRITA “AURÉLIO AGOSTINHO”, À AV. LUCAS BORGES, 61 – UBERABA – MG.

Esclarecimentos:
  • Fernando e Cleonice (Nice) – Pais;
  • Carina – Irmã;
  • Bruna – Sobrinha;
  • João Barbieri – Bisavó (desencarnado há vários anos);
  • Romilda e Benedito – Avós maternos (desencarnados).

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