Mamãe Rosana, vovó Rosa, o que possa parecer silêncio é alguém nos dizendo de uma maneira diferente o que desejamos escutar. O que nos parece um barulho explosivo é o anúncio de que nos bateu a revolta, e nos adentramos no espaço de guerra, ansiosos por encontrarmos as respostas de nossas indagações. É a pergunta sem resposta, a resposta sem razão, o silêncio que faz tremer ou o barulho que ensurdece.
Passou! O tempo foi como um relâmpago a nos assustar. Pensamos dentro do nosso temor, correr, correr sem parar, sem qualquer direção. Mas paramos, refletimos, olhamos para o outro e fomos de encontro à existência do outro, às dificuldades de outros, e a partir deste momento saímos um pouco de nós, buscando o endereço de criaturas até então desconhecidas.
A tecnologia nos permite uma viagem menos penosa, um encontro mais ágil. Descortina perante nossos olhos e nossos sentimentos, o aviso de que podemos ser socorristas, e aprendemos a agradecer assim o socorro que nos chega.
Mãe, vó. Não lidamos com ilusão, não pensamos em nos vermos adorados em um altar, mas pensamos sim, em escutar a voz do nosso consciente, sempre nos fazendo recordar as palavras de Jesus: – Toma a tua cruz e segue. Seguimos cambaleantes ou não, mas nos vemos entregues a uma direção.
Nossos olhos vêem com alegria o sorriso da Lú, as palavras cantantes da Mari, as brincadeiras do Paulinho.
Sentimos o calor que nos aquece nos momentos mais frios de nossas vidas; o calor que nos entrega o tio Paulo.
Juntamos todos eles para realizarmos mais uma festa da maneira que nossas lembranças é capaz.
Chegam todos. Lá vem a tia Ivete, a tia Silvinha, o vovô Paulo, a Íris, o Iuri, a tia Eliane, e como um anjo que de mim se aproxima, chega o papai Jorge, distribuindo abraços, e junto a ele a vovó Jacy e o vozinho Eduardo, e daí dou o meu presente de aniversário ao vozinho¹ querido que mais me parece um anjo criança, capaz de me aceitar por inteira, como melhor presente que ele sempre recebeu desta neta.
A festa não acabou, música, sorrisos, lágrimas, lembranças, fantasias e realidade, mas é nossa festa que continua. A dor? Alguém nos pergunta quanto a ela. Nossa resposta, porém, não chega, pois continuamos nossa festa.
Beijão mãe.
Faça o possível para os outros, fazendo o impossível por você. Precisamos amar, mas nos amando. Você sabe que é assim.
Vó, o que dizer a você? Perante a grandeza do seu coração, só desejo escutar.
Beijos a todos.
Tati.
Tatiana Madjarof Bussamra.
MENSAGEM PSICOGRAFADA PELO MÉDIUM CELSO DE ALMEIDA AFONSO, EM REUNIÃO PÚBLICA, NA NOITE DO DIA 10/09/2007, NO CENTRO ESPÍRITA “AURÉLIO AGOSTINHO”, À AV. LUCAS BORGES, 61 – UBERABA – MG.
Esclarecimentos:
- Rosana e Jorge — Pais;
- Lú (Luciana) — Irmã;
- Vovó Rosa — Avó materna;
- Mari (Mariana) e Paulinho — Primos, filhos da tia Ivete;
- Tio Paulo — Tio materno;
- Jacy e Eduardo — Avós paternos;
- Iris — Prima, filha do tio Paulo;
- Iuri — Primo, filho do tio Paulo;
- Tia Eliane — Esposa do tio Paulo;
- Tia Silvinha — Tia materna, desencarnada em 04/05/1986, aos 19 anos, em acidente automobilístico na Via Anchieta;
- Tia Ivete — Tia materna, desencarnada em 22/06/2005, aos 44 anos, em decorrência de um câncer;
- Vovô Paulo — Avô materno, desencarnado em 12/05/1991, aos 57 anos, vítima de infarto;
- ¹ O vovô Eduardo havia completado 80 anos no dia 08/09/2007, ou seja, 2 dias antes de recebermos essa mensagem, e ninguém havia comentado nada a esse respeito com o médium Celso ou com alguém que tivesse contato com ele.