Minha doce mãe Rosana. Não creio que você possa ter, pelo menos, imaginado que eu deixaria de lembrar do seu aniversário sem entregar a você o meu abraço e um beijo, da maneira que você acostumou a receber de sua filha. A cada dia posso dizer que me encontro melhor. Não creio ter em mim tantos méritos, no entanto, Deus não nos deixa sem os recursos. Compreende este Pai de misericórdia a deficiência dos filhos que, assim como eu, não se dispuseram a amar da maneira que Jesus pediu que nos amássemos. Creio, no entanto, que valorizei minha vida, e não quero deixar de valorizar o bem que Deus me concede, sempre nos apontando a direção do Seu amor.
A tia Silvinha, a tia Ivete, o vovô Paulo, continuam sendo aquelas criaturas prontas a nos auxiliar e gostam que eu me apronte de maneira a me fazer bonita para apresentar-me perante os outros, mostrando sempre que a dor não nos impede o sorriso. Se nos é permitida as lágrimas, sorrir também é um motivo de sentimento quando extraído do coração sincero.
Garanto a você, mãe, que eu vou estar sempre otimista, e, quando me for possível voltarei à Killeen; e no Texas ou no Colorado, poderei sentir que seu carinho e do papai Jorge me ajudam, ainda, a tentar alcançar meus sonhos. Aos poucos procuro apagar de minhas lembranças o dia do acidente, em que saía de Tubarão com destino à Laguna, para vivenciar algumas horas de alegria junto a nossa Lydia. A viagem não me permitiu chegar ao destino, no entanto, meu coração agradecido está sempre junto ao da Lydia, com a mesma felicidade que tenho de tê-la na condição de grande amiga.
Entregue à Luciana meu coração, com aquele desejo de que a Lú continue sendo aquela criatura amável, que sei, não nos deixará sem a atenção do seu carinho.
O Tommy está aqui sim! Não nos deixamos. E o cãozinho é, para mim, uma escora em que posso expressar sobre ela o meu jeito de criança que sinto que sou, tocando no animal de maneira a sentir que através do meu gesto, sinto pelas mãos o toque que me fazia tão segura, e, por saber que através dele, colocava minha cabeça no ombro do papai Jorge ou que me entregava ao seu abraço de mãe, sentindo que através deste abraço nos declarávamos amor eterno, de mãe e de filha.
Vovó Rosa, o que dizer a você? Eu e o vovô Paulo sempre comentamos: “Já nos foi possível abraçar uma santa”, e isso, nos referindo a você. Beijão vó.
Mãe, entregue à Lú o nosso abraço, ao tio Paulo e a todos que nos lembram com o mesmo carinho que deles somos necessitados.
Meus beijos no papai Jorge, afirmando que ele sempre foi e continua sendo o anjo que me protege. Não fique descontrolada emocionalmente pelo que vem acontecendo com os gatos; eles também são filhos de Deus.
Beijos e mais beijos de sua filha Tati.
Tatiana Madjarof Bussamra.
MENSAGEM PSICOGRAFADA PELO MÉDIUM CELSO DE ALMEIDA AFONSO, EM REUNIÃO PÚBLICA, NA NOITE DO DIA 09/10/2006, NO CENTRO ESPÍRITA “AURÉLIO AGOSTINHO”, À AV. LUCAS BORGES, 61 – UBERABA – MG.
Esclarecimentos:
- Rosana e Jorge — Pais;
- Lú (Luciana) — Irmã;
- Vovó Rosa — Avó materna;
- Tio Paulo — Tio materno;
- Lydia — Melhor amiga da Tati. A Tati se dirigia à casa de praia da Lydia, em Laguna – SC, para um almoço entre amigos, quando aconteceu o acidente;
- Tommy — Cãozinho da raça Maltês, com 3 meses de vida, que a Tati ganhou do pai uma semana antes do acidente e que desencarnou com ela;
- Tia Silvinha — Tia materna, desencarnada em 04/05/1986, aos 19 anos, em acidente automobilístico na Via Anchieta;
- Tia Ivete — Tia materna, desencarnada em 22/06/2005, aos 44 anos, em decorrência de um câncer;
- Vovô Paulo — Avô materno, desencarnado em 12/05/1991, aos 57 anos, vítima de infarto;
- Tubarão — Apesar de morarmos em São Paulo, a Tati morava em Tubarão – SC, devido ao fato de estar cursando a faculdade de medicina nesta cidade;
- Killeen — Cidade localizada no Texas, em que fez intercâmbio estudantil, entre agosto/1999 a agosto/2000;
- Colorado — Há 3 anos consecutivos que a Tati passava as férias de final de ano no Colorado, nos EUA, trabalhando em estações de esqui.