Pai, mãe.
Para muitos, é inadmissível que um considerado por eles morto possa mesmo se comunicar com os seus. Destes, muitos são aqueles crentes nos santos que pela terra passaram uniformizados com o corpo que inicia a fatalidade única e certa que é a morte. Para muitos continuam os santos. E nós, outros, criaturas comuns que deixamos o corpo, e por não termos sidos santificados, terminamos através do desfecho de uma vida orgânica que se abala por este ou outro motivo? De que maneira crer no céu se a ele não pertence os que amamos? Para que os santos, se não nos protegem mais, pois morto o corpo nos apagamos da vida?
Papai Jorge! Mamãe Rosana! E o amor com seus notáveis sentimentos distribuídos em benfazejas, luzes que nos acompanham os melhores passos? Para que amar? Para que saudade e lágrima se tudo se encerra com a morte física?
Há homens que nem procuram saber porque existem e querem explicar a inexistência de quem perde o corpo. Não sei a quem possa interessar o que digo, mas vai aí uma opinião que me serve: Amar, mais e mais! O futuro nos espera com aquilo que temos, com aquilo que sabemos.
Paizão! O Tommy está aqui. Não deixamos um ao outro. Sinto pai, e posso imaginar a sua dor.
Não veja você e a mamãe Rosana, qualquer motivo que possa trazer algum pensamento de que poderiam ter evitado o meu envolvimento naquele acidente. Os olhos de Deus nos vigiam em todos os lugares, e se meu momento foi aquele cuidemos de nós sem culpar o Criador, ou a nós mesmos pelo que aconteceu. Se me foi necessário, o que posso fazer é aceitar de que nada nos acontece pela vontade de Deus para nos fazer piores. Se a ciência encontra com medicamentos para diminuir ou nos tirar a dor, imaginemos Deus o que pode fazer por nós, embora a medicação Divina nos contraria, pois foge à nossa vontade. Deus sabe o que faz! Nosso desejo, nem sempre é o melhor para nos curar a dor.
Vovó Rosa, beijos vó. A tia Silvinha, a tia Ivete e o vovô Paulo enviam abraços a você. Não esmoreça vó!
Luciana, minha Lú, você está bem. Quero confessar a você que eu a amo muito. Esteja certa do que digo.
Beijão vó. Dá um beijão no tio Paulo. Não esqueça de dizer a Mari que me lembro de todos.
Papai Jorge, entrega meus beijos à vovó Jacy e ao vovô Eduardo. Você me faz feliz neste momento, aliás, você sempre me fez feliz. Beijão pai. Fica com Deus.
Patrícia, meu abraço e minha gratidão.
Mãe, confia e prossegue com esta loucura de amar a nós e aos animais. Em nome deles, o Tommy agradece.
Meu carinho a todos.
Tati.
Tatiana Madjarof Bussamra.
MENSAGEM PSICOGRAFADA PELO MÉDIUM CELSO DE ALMEIDA AFONSO, EM REUNIÃO PÚBLICA, NA NOITE DO DIA 10/11/2006, NO CENTRO ESPÍRITA “AURÉLIO AGOSTINHO”, À AV. LUCAS BORGES, 61 – UBERABA – MG.
Esclarecimentos:
- Rosana e Jorge — Pais;
- Lú (Luciana) — Irmã;
- Vovó Rosa — Avó materna;
- Tio Paulo — Tio materno;
- Mari (Mariana) — Prima, filha da tia Ivete;
- Jacy e Eduardo — Avós paternos;
- Patrícia — Atual mulher do Jorge;
- Tommy — Cãozinho da raça Maltês, com 3 meses de vida, que a Tati ganhou do pai uma semana antes do acidente e que desencarnou com ela;
- Tia Silvinha — Tia materna, desencarnada em 04/05/1986, aos 19 anos, em acidente automobilístico na Via Anchieta;
- Tia Ivete — Tia materna, desencarnada em 22/06/2005, aos 44 anos, em decorrência de um câncer;
- Vovô Paulo — Avô materno, desencarnado em 12/05/1991, aos 57 anos, vítima de infarto.