O mundo está cheio de queixas. De pessoas que se dizem solitárias. Que desejariam ser amadas. Que vivem em busca de alguém que as ame, que as compreenda. O mundo está cheio de carências. Carências afetivas. Carências materiais.
[su_expand more_text=”Continuar leitura…” less_text=”Mostrar menos” height=”500″ hide_less=”yes” link_color=”#c30714″ link_style=”button” link_align=”center” more_icon=”icon: plus” less_icon=”icon: minus”]Possivelmente, observando o panorama do mundo onde vivia, foi que Madre Teresa de Calcutá certo dia escreveu:
“Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida.
Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água.
Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo.
Quando minha cruz parecer pesada, deixai-me compartilhar a cruz do outro.
Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado.
Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos.
Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.
Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha.
Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.
Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.
Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.”
Madre Teresa verdadeiramente conjugou o verbo amar. Sua preocupação era primeiro com os outros.
Todos representavam para ela o próprio Cristo. Em cada corpo enfermo, desnutrido e abandonado ela via Jesus crucificado em um novo madeiro. Amou de tal forma que estendeu a sua obra pelo mundo inteiro, abraçando homens de todas as raças e credos religiosos.
Honrada com o prêmio Nobel da paz, prosseguiu humilde, servindo aos seus irmãos. Tudo o que lhe importava eram os seus pobres. E os seus pobres eram os pobres do mundo inteiro. Amou sem fronteiras e sem limites. Serviu a Jesus em plenitude. E nunca se ouviu de seus lábios uma queixa de solidão, amargura, cansaço ou desânimo.
Sua vida foi sempre um cântico de fidelidade a Deus, por meio dos compromissos com as lições deixadas por Jesus.
O Cristo precisa de almas dispostas e decididas que não meçam obstáculos. Almas que se lancem ao trabalho reconfortante e luminoso, no qual se pode ser útil de verdade.
Almas que não esperem nada dos seus atendidos a não ser a sua felicidade, sob as luzes do amigo Jesus.
Almas cujo único desejo seja o de amar intensamente, sem aguardar um único gesto de gratidão.
Almas que tenham entendido o que desejou dizer Francisco de Assis: é melhor amar do que ser amado.
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Fontes: Livro Vida e Mensagem, cap. 20, ed. FRÁTER. Poema de Madre Teresa de Calcutá – Dai-me alguém para amar[/su_expand]